Fãs e familiares foram apanhados de
surpresa. Nessa última quarta-feira (05/03), Alexandre Magno
Abrão – mais conhecido como chorão – foi encontrado morto em seu apartamento
(SP). Em meio à tristeza, diversas homenagens foram prestadas ao ex-vocalista
da banda Charlie Brown Jr, no entanto, a partida de chorão não foi marcada
somente por preitos. Numa descarada falta de respeito, houve quem aproveitasse
a oportunidade para realizar a pratica do humor negro: “Chorão troca Charlie
Brown por Sepultura”.
Essa frase percorreu as redes
sociais e inclusive (por incrível que pareça) foi capa de jornal. Este último
fato não causou-me tanto espanto, pois já não é nenhuma novidade nos depararmos
com manchetes que atropelam o respeito em prol de uma margem de lucros mais
positiva. O que realmente me impressionou foi a maneira como tomei conhecimento
da capa em questão.
Estava no interior de uma banca de
jornal (dessas que costumam vender livros). Na ocasião, procurava por um título
em especial. Fazia minha busca, sem me importar com o diálogo de um grupo de
garotos que conversava em voz alta, até que um deles disparou: “– Se liga na
capa desse jornal! Sensacional!”. Os risos subsequentes conduziram meus olhos
até a parte da banca onde os jornais estavam situados e imediatamente localizei
o alvo do comentário, contudo, meus olhos não foram capazes de identificar o
tal “sensacional”.
Acabei indo para casa sem encontrar
o livro que procurava. Ao invés da obra, levei indagações. Será que a capa
seria tão sensacional assim para o rapaz se o alvo da chacota fosse um parente
dele? Quantos mais teriam achado sensacional essa frase de mau gosto?
Certamente nenhum fã ou familiar de chorão.
O humor negro costuma ser divertido
para seus adeptos somente até o tiro não sair pela culatra. Quando isso
acontece, aí a coisa muda de figura. Perde a graça como num verdadeiro passe de
mágica.
Creio que a palavra mais acertada
para este tipo de matéria jornalística não seja exatamente a que o garoto
dissera. Não. Definitivamente eu não diria “sensacional”, mas sim sensacionalismo.
Essa é a educação dos brasileiros!
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