sexta-feira, 29 de junho de 2012

Lançamento – Inteligência e Aprendizado (Editora Baraúna)



    Neste dia 29 de junho será o lançamento do livro Inteligência e aprendizagem – desafios mentais uma obra que descreve as diversas concepções teóricas de cientistas e filósofos, as divergências, as convergências e as inter-relações da a inteligência e do processo de ensino-aprendizagem.
    É indicado, primordialmente, para educadores e estudantes de licenciatura, mas também é sugerido para quem tem curiosidade em conhecer a inteligência humana e, sobretudo, aos professores que se submetem a concursos públicos, os quais poderão encontrar nesta obra uma síntese para compreender as teorias de Piaget e Vygotsky.
    Os capítulos são sequencialmente independentes, mas há inter-relações temáticas entre eles. A PARTE I é constituída por oito capítulos que formam uma pesquisa descritiva e bibliográfica, enquanto a PARTE II é composta por cinco capítulos, considerações sobre diversos pontos acerca da inteligência, sendo que no último capítulo há exercícios mentais para desafiar a inteligência.



O Autor

    Vandenei Dogado é Secretário de Cultura e Turismo de Araçariguama, onde implantou um grande programa de formação artístico-cultural para crianças e adolescentes. Dedica-se há 15 anos à pesquisa teórica sobre inteligência humana e psicolinguística. Recentemente, estuda o funcionamento da inteligência relacionado ao uso das Novas Tecnologias da Informação e do Conhecimento (NTICs). É membro da Tecnologia, Entretenimento e Design (TED), instituição internacional sem fins lucrativos, que tem por objetivo a disseminação de ideias inovadoras. Membro da Comissão do Futuro, criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e presidida pelo neurocientista Miguel Nicolelis.




Inteligência e Aprendizagem
ISBN: 978-85-7923-545-0
Formato: 14 x 21cm
páginas: 185

Lançamento: Dia 29 de junho
Local: Sindicato dos Metalúrgicos
Horário: 19hs
Endereço: Rua santa Cruz, 60



quinta-feira, 28 de junho de 2012

BRASILIA É UMA FESTA – CONCURSO LITERÁRIO


     


    Alô, literários deste nosso extenso território nacional! Atentem para este post, pois certamente vai interessá-los. A matéria trata sobre o Brasília é uma Festa – concurso literário de maior premiação do Centro Oeste (R$ 31.500,00 divididos entre os primeiros colocados de cada categoria). Se escrever contos, crônica e poesias já era bom, com uma premiação dessas vai ficar melhor ainda. Isso sem falar que os vencedores irão receber troféus, certificados e ainda terão seus textos publicados em antologias. Você não vai querer ficar de fora dessa, não é?








Segue as informações sobre o concurso:  


   O Brasília é uma festa é o concurso nacional de contos, crônicas e poemas com a quarta maior premiação em dinheiro do país (R$6 mil ao primeiro lugar, R$3 mil ao segundo e R$ 1.500,00 ao terceiro, para cada uma das três categorias), além de troféu, certificado e publicação das obras vencedoras em antologia.

O título e tema buscam em seu duplo sentido alcançar as nuances da verdadeira identidade desta cidade planejada, bonita e rica, mas que também é invadida, deturpada e mal vista como corrupta, devido a sua proximidade com os escândalos no poder político do país. Os escritores poderão tratar do tema da forma que quiserem, sem rédeas nem amarras, desde que tratem da dualidade candanga. O concurso é livre à participação de todos, bastando ser cidadão brasileiro com RG e CPF.

O concurso tem por objetivo o fomento à literatura, incentivo à leitura e à produção de livros e o registro da memória histórica e cultural da cidade através da literatura..

O concurso será realizado de junho a setembro.  Os candidatos poderão enviar seu texto pelo site.

Durante o período de envio e análise dos textos, os avaliadores, os declamadores e o Gestor do projeto promoverão oficinas diárias e vespertinas, no Centro Cultural do Varjão, para os estudantes, pessoas da comunidade e das cidades vizinhas como Paranoá, Sobradinho e Lago Norte. O ambiente será conectado à internet e aberto à comunidade, incentivando a produção literária.

O projeto se encerra com uma grande festa de premiação, com a declamação dos textos vencedores, entrega dos troféus e apresentação musical, num autêntico sarau multicultural e interdisciplinar, aberto a comunidade e focado no desenvolvimento intelectual e social.

Brasília é uma festa é patrocinado pelo FAC - DF (www.fac.df.gov.br), gerido por Giovani Iemini, com apoio da Factotum, apoio.biz e SocialHost.

Dúvidas / informações: contato@brasiliaeumafesta.com.br  – (61) 3468.2045

terça-feira, 26 de junho de 2012

Autores em voga (Editora Modo)


    Depois de apresentar uma série de livros da Modo, hoje trago uma matéria um pouco diferente. O foco que outrora recaía sobre as páginas criadas agora é lançado sobre o criador. Dirceu M. Ramos – autor da obra Cartas de Amor – é a bola da vez.
    Particularmente acredito que esta matéria permite, aos leitores, conhecer um pouco mais sobre a mente e a vida de um escritor. Descobrir que não se trata de homens e mulheres mega intelectuais, mas apenas pessoas comuns fazendo aquilo que apreciam. Por fim creio que, ao realizar esta leitura, alguns que sempre tiveram a vontade de se expressar por meio da escrita, mas nunca tiveram coragem para fazê-lo, talvez agora o faça. No mais, espero que esta seja uma leitura agradável.  

    Conheçamos então um pouco mais sobre o Autor:


Penso assim: Tenho outros dentro de mim, mais ou menos como Fernando Pessoa definiu, e esses outros precisam/desejam se manifestar. Acho que tenho controle sobre eles ou, quem sabe, eu seja o boneco de ensaio deles achando que os controlo e, na verdade, o personagem seja eu... Tem um escritor doido/masoquista construindo meu roteiro. 

Agora, pessoa comum... Não sei dizer, até porque não acho nenhuma pessoa comum, mas na vida pessoal não flerto com esses questionamentos, de jeito nenhum. Brindo a vida porque não sei o que tem do outro lado da cortina, então, fico observando o que meus personagens trazem de lá, relato e reparo no que sinto, verdadeiramente, é o que vai importar no final das contas.

Poesia... Sempre fui um incorrigível apaixonado, desde "frangote". Lia muito, amava Neruda ao 10 anos de idade, Drummond aos 11 e Luis Fernando Veríssimo (que não tem nada a ver com poesia) até hoje. Sou exageradamente autocrítico, por isso não gosto de ler poesia, mas ainda faço. Gosto da linguagem curta, começo, meio e fim, rapidinho, com inteligência e estilo. Aos 17 anos publiquei um livro de poesias (horroroso) e depois mais dois (melhores, mas não menos descartáveis). Acho que é isso.

 Espero deixar uma mensagem de transformação. Se o que eu escrevo não puder cumprir esse papel de questionamento para aqueles que leem, se não puder ajudá-los a melhorar como pessoas, pelo menos a tentarem melhorar, então minha escrita não tem a menor serventia. Só espero isso da literatura, não busco sucesso pessoal, busco mudança, transformação, um degrau de cada vez, pra cima.

 Sempre sonhei em publicar livros, confesso que tive mais fervor por essa ideia, mas hoje, não. Parece mais natural que isso ocorra agora, não sei explicar, porque antes era por vaidade, mas hoje não. Não tenho a ilusão de ser um Best Sellers ou dar uma entrevista no Programa do Jô (rsrs). Não tenho a vaidade de observar pessoas olhando para mim com cara de "ó, lá vai o intelectual" ou "vamos perguntar pra ele, ele certamente terá uma resposta inteligente para isso". Isso deixou de ter importância, não sei se defino como amadurecimento ou desapego. Quando recebi o convite da Modo, fiquei mais surpreso que feliz. Havia acabado de publicar um outro livro e me pediram pra analisar outras duas obras. Surpreso, porque não tinha planos para as obras solicitadas e mais ainda, escolheram exatamente a que eu achei que não seria escolhida (rsrs). Confesso que fui ficando feliz devagarzinho, absorvendo a coisa toda, conhecendo pessoas interessantes e interessadas, saindo do meu mundinho solitário de escritor. Não estou ansioso, como era de se esperar, mas apreensivo com o próximo passo, cuidadoso, porque aprendi que é um de cada vez pra se alcançar o que se pretende. E grato, pela oportunidade de estar num time forte, vencedor. Não me sinto realizado, sempre serei um eterno inconformado porque se fiz ou se fizer algo extraordinário com certeza acharei que poderia ter sido melhor, não busco a perfeição, isso é para os prepotentes, busco ser alguém melhor, dia a dia.

 Escrever é um dom, se é para definir, para mim é isso. Tenho a intrigante sensação de que mais que observador, sou observado, de que não escrevo nada, só transcrevo o que alguma voz me dita, a coisa do criador/criatura mesmo. Não consigo imaginar minha vida longe das letras, desde muito menino tem sido assim. Não faço ideia de como seria a minha vida sem a escrita, sem a inspiração, não consigo vislumbrar essa possibilidade. Sou o que sou pelo que li, pelo que fragmentei das obras que visitei, que me deram a condição de discernir valores bons e ruins. Sou o cara que escreve aquilo que sente, mesmo se aquilo que escreve, seja o que sente, quem me sopra nos ouvidos o que escrevo. Confuso? Não é não, leia de novo (rsrs).  

Eu gostava de desenhar, quando menino. Gostava de tocar piano mais adiante. Sinceramente não sei responder se há diferença, pelo que entendi da pergunta, de sentimentos entre um e outro. Um escritor, um escultor, um músico, um doutor, um professor... Havendo amor sincero, há entrega. Havendo entrega e amor, há satisfação pessoal, que creio ser o que todos procuram. Estar satisfeito com aquilo que produziu é um passo fundamental para agradar aquele que vai consumir sua obra, seja ela qual for.

Costumava classificar meus escritos de "filhos". De tanto ouvir dizer que os pais não fazem diferença entre os filhos, descobri que isso é mentira (rsrs). Então parei de chamar meus filhos de escritos (?) rsrs. São filhos sim e sim, fazemos distinção porque nenhum é igual ao outro, circunstancias e oportunidades mudam tudo. Saíram de mim, portanto, são meus filhos e me identifico com todos. "Eu escolhi você para viver minha história" é o livro que mais me identifico por ser mais pessoal, forte e testemunhal.

Todas as histórias já estão prontas em algum lugar. Ninguém me convence do contrário, nem tente (rsrs). Essa afirmação é sadia e estudada, acreditem. O autor precisa sentir, obviamente, aquilo que escreve, do contrário é melhor ser roteirista, se gosta de escrever, mas não sente. Ele vive o que escreve, não consigo imaginar de outra maneira. Ele não precisa estar na Bósnia para escrever sobre o massacre ocorrido lá, mas ele sente a dor, ele quase toca nos escombros. É isso.

A obra



“Uma estação de trem. Um sonho que se repete. Uma lembrança do que não se viveu. O conhecido desconhecido. Uma conspiração… Uma história de amor que embrulha os tempos num único pacote. Vidas separadas. Um amor não resolvido, cortado pelas armas dos vários passados.



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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Lançamento – Tatuando Histórias (Editora Baraúna)



     Neste dia 23 de junho será o lançamento do livro Tatuando Histórias, uma obra que fala sobre o surgimento da tatuagem no Brasil, assim como da relação da autora com este universo.
     Em crônicas simples e bem humoradas, a autora narra o cotidiano de um estúdio de tatuagem. Encontros e desencontros, alegrias e frustrações, provas de um amor, pais contrariados, maridos ciumentos e namorados estressados. Tudo é possível de se encontrar em um estúdio e este livro ilustra as motivações que levaram os personagens a tomar a decisão de se tatuar.
     As histórias, narradas com intensidade real, retratam os sentimentos que cercam o estúdio a cada sessão: manias, medos, angústias, alegrias, amores, paixões…


Descubra você também as histórias dos bastidores desse estúdio.




     Rosa Miller é graduada em Letras pela FFCL “Sede Sapientie” (PUC de São Paulo), com curso de especialização na área de Semântica. Nascida em Porto Ferreira, vive em São Paulo há mais de quarenta anos. Aposentada das salas de aula, sobrou-lhe tempo para se dedicar à arte de ler, ouvir e contar histórias. E o estúdio de tatuagem lhe deu bagagem para alimentar esse prazer, gerando seu primeiro livro.





Tatuando Histórias – Os bastidores de um estúdio de tatuagem
ISBN: 978-85-7923-462-0
Formato 14 x 21 cm
Páginas: 99 


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Lançamento: dia 23 de junho de 2012
Local: Livraria Capítulo 4
Horário: 18hs
Endereço: Rua Tabapuã, 830 – Itaim – São Paulo/SP


Literatura Nacional (Editora Modo)


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     Leitores da cidade maravilhosa! Preparem-se para um evento imperdível que irá rolar amanhã – 23 de junho – na livraria Nobel do Norte Shopping. Cinco escritores estarão lançando suas obras entre os horários de 16 às 19h. Foi isso mesmo que você leu: CINCO.
Interessou?  Pera, pois eu ainda não terminei. A sinopse de cada uma das obras segue abaixo. Espero que a magia das letras possa cativá-los:





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     Por ser imatura, Juliana não consegue se relacionar com os garotos. Virou piada entre as amigas que passam os dias arquitetando planos para arrumar um pretendente para garota. Então, ela conhece o senhor Hélio, um velhinho bonachão, que no intuito de tranquilizá-la, conta algumas histórias que falam de amor, encontros e almas gêmeas. As belas histórias despertam em Juliana o desejo de mudar. Apesar do medo e da insegurança ela toma a decisão de dar o seu primeiro beijo. Com a ajuda de Bia e Duda, suas melhores amigas, ela parte em uma divertidíssima caçada ao garoto ideal com direito a uma lista de possíveis pretendentes, belos lugares, eventos e atrapalhados encontros. Uma trama que envolve as delícias e desventuras de um amor puro, forte e eterno.


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     Maisie Thompson é uma adolescente americana nascida e criada em São Francisco, Califórnia. Após perder o pai aos sete anos de idade, deleta o fato de amar alguém, e aos seus 16 anos, nunca tinha namorado sério. E tudo isso parece mudar, quando em seu primeiro dia de aula na antiga escola, ela vê pela primeira vez, John Carter – um menino de belos olhos claros, cabelos negros e um sorriso encantador, que esconde mais que um segredo. Seu coração acelera, suas pernas tremem e ela simplesmente não consegue tirar os olhos daquela bela figura que se aproxima de sua mesa. Admitir que pudesse sentisse algo por aquele desconhecido era mais difícil do que ficar sem respirar, mal sabe que John carrega mais de uma descendência nas costas.


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   Ela fugia do amor como algo necessário à sua sobrevivência…”Alessa não tinha um coração! Acredite, é verdade! Até nos momentos em que a adrenalina prevaleceu em seu sangue fazendo-o trabalhar mais rápido, ela o negou; deveria ouvi-lo bater ou ao menos senti-lo, mas era como se seu coração não fizesse mais nada além de pulsar o sangue para que o corpo, ligado a uma alma mórbida, continuasse respirando.
Feitiço. Magia. Encanto. Poções. Bruxaria??? – Não! Apenas um coração e sua simplória maldição.”





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     Victor, vive em busca do sonho de se tornar um Rockstar. Seu caminho se cruza com o de Alice, uma jovem universitária, dona de o coração mais puro que algum dia, ele já encontrou. Uma obra que prende, faz chorar, rir e se emocionar de diversas formas e com um final minimamente surpreendente. Uma trama sobre o lado underground do pop-rock brasileiro.



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     Em “Aqueça Meu Coração” conhecemos Raquel, uma jovem estudante, e seus dilemas ao enfrentar o amor, a desconfiança e as mudanças inevitáveis preparadas pelo destino. Descobrindo que essas mudanças podem ser assustadoras ou excitantes, tristes ou cômicas e até mesmo a realização de sonhos ainda nem sonhados. Porque o amor está onde menos esperamos... “Bem, algum dia isso ia ter que acontecer, não é? Alguém um dia despertaria em mim aquela emoção romântica que toda garota anseia. Fiquei aliviada por perceber-me capaz disso e tentei não pensar em quem era o causador da emoção. Só porque ele foi o primeiro, não significava que seria o único, certo? Certo?”






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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Danação (Resenhas)

Por Thiago Tavares

No Brasil colonial, período do auge da crendice folclórica e no qual nosso país não passava de uma extensão maltratada de Portugal, é que esta obra se desdobra. A iniciar por um prólogo já tomado de boa dose de ação, os leitores são convidados a conhecer as páginas que relatam anos sombrios onde superstição e realidade misturavam-se com extrema facilidade. É através de Catarina, mulher viúva ainda detentora dos resquícios de uma beleza desgastada na dura tarefa de administrar sua humilde roça, ao lado de Rosário, sua única escrava, que Achiles nos concede o primeiro contato de sua ficção. Aparentemente uma existência feminina comum, mas que guarda um grande segredo consigo. Algo que se mantém oculto, sob uma espécie de hibernação, durante os sofridos dias da semana, mas que se inflama e se mostra com toda sua força fulgente nas madrugadas de sextas-feiras.

Corpos tisnados pelo fruto de uma união condenada são encontrados a cada nova manhã de sábado, gerando o caos e o medo nos habitantes de Taubaté que desconhecem o rosto do responsável direto por tamanha atrocidade. Um mistério que Gregório – altivo e experiente mestre de campo – necessita solucionar para alcançar uma almejada promoção e evitar a instalação do pandemônio na vila. Seus suspeitos pelos assassinatos são os bugres – em sua teoria, selvagens em protesto pela invasão dos lusitanos às suas terras – todavia, mesmo após perseguidos e sob severo suplício, nenhum índio sequer assume a autoria dos crimes que aterroriza a vila. Diante da dificuldade para solucionar o caso o militar se depara com sua autoridade e competência contestadas pela Casa de Câmara e pelo próprio povo que, como ratos acuados, desaparecem das ruas após o toque de recolher. Uma gente assustada que ignora a punição Divina lançada sobre um padre – atormentado pelo remorso – e sua concubina, castigada com uma terrível maldição. A perturbadora realidade, no entanto, é descoberta pelo forasteiro Diogo Durão de Meneses, o protagonista da trama, que acompanhado de dois escravos – João e Inácio – chega a Taubaté acreditando haver sido orientado até o local pelo espírito de Tiago, seu filho, morto acidentalmente pelas suas próprias mãos há quatro anos. Lembranças dolorosas que o envolvem em um misto de amargor e arrependimento pela sinistra escolha que lhe acarretou não somente a separação da única prole, mas também da alma. Um pacto que jamais deveria haver firmado e que o torna uma criatura tão amaldiçoada quanto a que está destinado a encontrar nas imediações da vila de Taubaté.

 É no mar deste embate entre duas almas em danação que todo o enredo termina por desaguar. São 57 capítulos que, divididos de maneira sucinta, foram cuidadosamente lapidados pelo autor que se preocupou com detalhes minuciosos, concedendo-nos a oportunidade de mergulhar em tradições, hábitos, crenças e diálogos recheados de um linguajar típico de uma época antiga. Uma obra sagazmente montada ora apresentando detalhes sobre uma personagem, ora sobre outra, permitindo uma leitura onde os pormenores da vida de cada um deles sejam revelados sem que as informações se tornem um fardo para o leitor.   

Julgo ainda importante mencionar que Danação é um romance de cunho fantástico que nos remete a reflexão através dos diversos trechos nos quais evidencia-se a facilidade do homem de ser corrompido seja pelo poder, riqueza ou mesmo pelos prazeres da carne. Um jovem padre atormentado pela luxúria, escravos e senhor notadamente a estreitar laços de amizade e o próprio Diabo a acompanhar Diogo (protagonista) transvestido da imagem da criatura que o jovem mais amou na vida, são alguns dos elementos que fazem deste livro uma ótima recomendação de leitura.

Vale ressaltar por fim que Danação é o primeiro volume de um projeto onde o autor pretende conduzir Diogo numa jornada pelo interior de uma colônia repleta de criaturas folclóricas. Uma informação que deixou-me com grande expectativa e que certamente deixará aqueles que, assim como eu, também venham a se atrever a conhecer as páginas deste primeiro romance de Marcus Achiles. 

O Autor

Marcus Achiles tem 43 anos é jornalista e servidor público. Mora em Brasília com sua esposa e seu filho. Danação é seu primeiro romance e foi publicado pela primeira vez em 2008.






Editora: Baraúna
Autor: Marcus Achiles
ISBN: 978-85-7923-487-3
Formato: 16 x 23 cm
Título: Danação
Ano: 2011
Páginas: 409

terça-feira, 19 de junho de 2012

Paradigmas Definitivos (Tarja Editorial)


  Bom dia, leitores! Hoje a novidade que trago é sobre a Tarja Editorial. 
   Após o lançamento - sucesso de vendas e críticas - da coleção Paradigmas de 4 volumes, chegou ao mercado, em 2012, o livro Paradigmas Definitivos. A tradição de inovar da respectiva editora foi mantida nesta obra recém-lançada onde o leitor poderá encontrar textos de 23 autores. Contos inéditos, além de um agrupamento de alguns dos contos - cuidadosamente selecionados - da coleção original. Todos enraizados no mesmo conceito de romper com os velhos paradigmas da escrita, da forma de contar histórias, das personagens. Certamente, mais uma contribuição de peso para a literatura fantástica nacional.





Dados Técnicos:
Título: Paradigmas Definitivos
Autoria: Diversos
ISBN: 978-85-61541-46-0
Páginas: 288
Formato: 14x21cm
Ano: 2012
Edição: 1ª
Preço: R$ 36,00

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Lançamento - Antes que Anoiteça (Editora Baraúna)


    
   Neste dia 15 de junho será o lançamento do livro Antes que Anoiteça. O evento acontecerá às 13h30, na Feira do Livro na Praça Getúlio Vargas em São Bento do Sul/SC.
    Este livro está impregnado de bons espíritos que brotam do chão de uma terra que é regada por lembranças e imaginações. É o chão que o autor, Miguel Nenevê, pisou na infância e que em cada centímetro é assombrado por memórias e imaginações de espíritos que ali habitaram.
    A ideia de uma coleção de contos surgiu de uma conversa entre o autor e seu irmão, Amauri, em momentos que ambos estimulavam a memória narrando contos de suas infâncias. “Que tal cada um contar uma história e compor uma coleção?” foi a pergunta que eles se fizeram.
    O autor acredita que o livro está repleto da essência das pessoas que respiraram o ar do interior. Por isso, ele é grato a todos que contribuíram direto ou indiretamente para a conclusão deste livro.


O Autor


Miguel Nenevé nasceu no interior do município de Campo Alegre em Santa Catarina. Cresceu entre os pinheiros ouvindo o assobio do vento durante o dia e o piar da coruja à noite. Cedo teve que sair da terra natal para poder estudar. Viveu em várias cidades de Santa Catarina, até sair para outros estados do Brasil e depois para outros países como Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.







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Antes que anoiteça – Casos e causos antes do caos
Autor: Miguel Nenevê
ISBN: 978-85-7923-456-9
Formato: 14 x 21 cm

Número de páginas: 109
Preço normal: R$ 29,00
Preço no site da editora: R$ 23,00

Lançamento – Angellore (Editora Modo)


 Galera de Minas Gerais, fiquem ligados, pois logo BH será palco para mais um dos lançamentos da editora Modo. 
 Aproxima-se a vez de Angellore alcançar as prateleiras das livrarias. A obra de Gabrielle Ruas é o primeiro volume de uma trama policial onde Olívia Giacomelli – investigadora de homicídios buscando rastros numa sequências de mortes misteriosas – e Sophie – uma jovem universitária atormentada por sombras sinistras e que carrega a dor da recente perda de sua família, num acidente de trânsito – em busca de respostas, acabam se cruzando. Ambas irão se deparar com uma assustadora realidade: Seres imortais (Angellores) travando uma batalha invisível que desde sempre aconteceu. Elas precisarão se arriscar para conhecer toda a verdade. Algo que certamente irá mudar suas vidas para sempre.




Trecho do livro

...Amassei o bilhete e o arremessei na lixeira. Abri a geladeira e procurei por alguma
coisa para comer. Nada. Eu estava com preguiça de cozinhar, então decidi pedir um
sanduíche. Procurei pelo número de telefone da lanchonete e não encontrei. Bichano
miou para mim debochadamente, como se soubesse da situação. Olhei para ele de cara
feia. Teria de ir pessoalmente à lanchonete caso não quisesse dormir com o estômago
roncando. Tentei afastar o desanimo, afinal o lugar ficava na esquina, a menos de dez
minutos do meu alcance.
Vesti um casaco e ganhei novamente a liberdade para a rua, que parecia deserta e
mais escura do que o comum. Veloz, cheguei ao meu destino e pedi um sanduíche
gigante. O estabelecimento já estava fechando quando ficou pronto. Paguei e rumei de
volta para casa.
Tudo parecia um pouco mais escuro agora. Uma leve neblina flutuava no ar, e o brilho
das estrelas no céu parecia muito distante. As luzes dos postes à minha frente vacilaram,
piscando por alguns segundos. Receosa, apressei o passo, enquanto observava as casas
ao redor. Estavam tão escuras quanto a própria noite. Não havia ninguém. Escutei um
ruído e apressei ainda mais a caminhada, com a súbita sensação de que estava sendo
seguida. De repente, fiquei zonza. Apoiei-me em um poste e fechei os olhos. Um forte
enjoo me acometeu, seguido de uma sensação de frio cortante. Então eu senti. Um odor
terrível, de algo em decomposição.
Apavorada, olhei para trás e vi que as luzes dos postes se apagavam uma a uma. Um
cachorrinho que atravessava a rua foi violentamente arremessado para a calçada,
morrendo instantaneamente. O terror percorreu meu corpo.
Eu precisava sair dali.
Agora.



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LANÇAMENTO

Data será marcada em breve
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Faculdade de Letras (FALE)
Endereço: Av. Antônio Carlos, 6627 Pampulha - Belo Horizonte/MG

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Fantástica Literatura Queer (Tarja Editorial)

Obra literária coletiva destaca diversidade e criatividade 




    A coletânea de contos brasileira que já lançou, no ano passado, os volumes Vermelho e Laranja da coleção A Fantástica Literatura Queer, agora está trazendo o volume Amarelo que sairá ainda este mês - 23/06 - e ainda terá um evento de pré-lançamento no dia 16/06, em São Paulo. Com a mesma proposta das duas obras que antecederam esta terceira, Autores distintos prestam uma homenagem ao amor entre os iguais. Uma proposta da Tarja editorial que visa combater o preconceito que ainda espreita este polêmico tema, alvo de muita discussão.


    Anjos e demônios, Deuses e fantasmas, terror, ficção científica, fantasia, etc. A criatividade de sete autores neste volume Amarelo nos é apresentado e é claro a bola da vez é o amor entre indivíduos do mesmo sexo. A fantástica Literatura Queer é, portanto, uma coletânea de contos que versam exclusivamente sobre o universo LGBT.  



Os contos 
Este Labirinto – Astásia
Palestra – Antonio Luiz MC Costa
Quatro Bilhetes para a Terra – Carlos Silva
BIAS – Demian Machado Walendorff
O Carro de Guerra do Herói – Sarah Helena
Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade – Carina Portugal
A Legião das Almas Perdidas – Gutemberg Fernandes


Eventos Queer

     No dia 16/06, das 15h às 17h, será realizada uma mesa redonda Queer, na Casa das Rosas, com autores dos volumes Vermelho, Laranja e Amarelo. Neste encontro serão discutidos temas relacionando a literatura fantástica e o universo LGBT, haverá também leituras dramáticas de contos dos três volumes, e uma apresentação teatral de uma cena, montada a partir de um dos contos da coletânea.

     Na semana seguinte, sábado 23/06, das 17h30 às 19h30, será o lançamento oficial do volume Amarelo, na Biblioteca Municipal Viriato Corrêa, perto do metrô Vila Mariana. Além de leituras dramáticas e da apresentação da cena teatral, haverá também a participação de um dos autores, César Marques, tocando violão e cantando composições suas, envolvendo o universo nerd e o universo gay, e outras músicas consagradas. Tudo num ritmo de sarau literário.

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