sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Barato das baratas (Resenhas)


    Por Thiago Tavares
    Após uma hecatombe nuclear que expandiu radiação por todo o planeta, restaram somente as baratas sob um cenário desértico onde silêncio e destroços predominam de modo soberano. Vendo-se sozinhas, sob a crosta terrestre, essas pequeninas e resistentes criaturas, rapidamente, deixam as sombras e adquirem conhecimentos diversos através do legado de informações deixadas pelos extintos seres humanos.
   Longe da opressão, uma nova era de liberdade – fora dos fétidos esgotos – surge para as baratas que, sob a luz do conhecimento e da determinação, gradativamente passam a viver de forma mais organizada desfrutando de uma existência outrora impossível para seres até então menosprezados.
    A nova condição de existência era próspera e agradava a todos, contudo, um pequeno grupo de jovens, curiosos por conhecer melhor as ruínas deixadas pelos homens, acabam por descobrir um perigoso produto capaz de proporcionar uma felicidade artificial sem grandes consequências imediatas. Trabalhada de modo que seu uso fosse mais “seguro”, a substância é misturada com outros elementos e recebe o sugestivo nome “bolinhas da felicidade”.
    Seu consumo se alastra inicialmente entre os jovens que se esbaldam, sem hesitação, num caminho sem volta que, mais tarde, também passa a ser percorrido por muitos dos representantes adultos das baratas. Com o povo fazendo uso em massa do perigoso produto, as bolinhas se tornam um negócio lucrativo que logo desencadeia no tráfico e indiretamente gera uma avalanche de crimes pelas cidades, cometidos por baratas desesperadas por quantias em dinheiro que lhes garantam algumas das tais bolinhas. Diante da calamidade formada, o governo tenta intervir, todavia, seus esforços parecem inúteis diante do vício insaciável de um terrível produto que ilude e mata.
    Embora não seja uma estória construída através de personagens humanos, O Barato das Baratas é um livro sagazmente relacionado com um dos grandes problemas que acomete a humanidade. Através da fantasia e de uma escrita clara e objetiva, Ariadne Cantú apresenta, ao público jovem, um alerta sobre a falsa ilusão de bem estar proporcionado pelas drogas. Numa trama bem amarrada, sucinta e repleta de excelentes gravuras, O Barato das Baratas garante entretenimento e reflexão desde seu início até o desfecho que – diga-se de passagem – é completamente compatível com a realidade dos que se deixam levar pelo mundo das drogas.      


A Autora


   Nascida em Lajeado, RS, Ariadne Cantú é Procuradora de Justiça, escritora, mãe, poetisa e sonhadora profissional. Além de obras e artigos de caráter jurídico, é autora de diversas obras infantis.






Editora: Alvorada
 Autora: Ariadne Cantú
ISBN: 978–85–8176–029–2
Título: O Barato das Baratas
Ano: 2012
Nº de Páginas: 81

Outras obras de Ariadne:

6 comentários:

  1. amei a resenha me ajudou no teatro
    obrigada

    ResponderExcluir
  2. Qual era a idade das baratas adolescentes?
    Com quantos anos poderia dirigir?
    Qual era a consequência das bolinhas da felicidade?

    ResponderExcluir
  3. o Hulk é verde

    ResponderExcluir

Gostou? Faça o seu comentário!