segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mentes Roubadas (Resenhas)


Por Thiago Tavares
    Uma vítima de sequestro diante de um monitor de LCD a passar uma propaganda na qual um elefante roxo pode ser visualizado. Dançando e cantando a criatura de sorriso alegre pede ao telespectador que experimente o Cereal DeliCrunch. Assim se inicia “Mentes Roubadas”, uma obra investigativa que se desenvolve, na cidade de São Paulo, a partir de dois casos que a princípio não aparentam possuir nenhuma relação. No primeiro, doze pessoas – completamente distintas umas das outras – sofreram um estranho sequestro que, em síntese, deixaram suas vítimas, em maior ou menor grau, desorientadas, sem lembrança alguma do ocorrido. 

    Já o segundo caso trata do desaparecimento de José Luis Maximiliano, filho de um mega empresário de passado obscuro, conhecido como Siegfried Maximiliano. O rapaz que sofre de esquizofrenia catatônica, misteriosamente, desaparece da Clínica Psiquiátrica Casa da Montanha, uma clínica de alto padrão, localizada na área rural do município. Os detetives criados pelo autor Roberto Pellanda, Paulo Westphalen e Miguel D’Andrea, são os protagonistas que tocam a trama e que, paulatinamente, vão descobrindo que ambos os casos estão estritamente ligados.

    Progressivamente as pistas coletadas pelos detetives – que trabalham em perfeita sinergia – vão apontando para uma rixa entre dois “figurões” presidentes de multinacionais que estão envolvidas em uma conspiração extremamente obscura e lesiva para a sociedade. Um projeto que envolve até mesmo a Agência central de Inteligência Americana.

    Westphalen e D’Andrea trabalham exaustivamente em busca de respostas, contudo, mesmo com o apoio de conhecidos do FBI, as peças do “quebra-cabeça” não se encaixam. Somente com o auxílio de Orfeu Ortiz, um polêmico jornalista, é que a verdade começa a surgir. Além de muitas informações relevantes, Orfeu apresenta uma teoria conspiratória baseada no controle da mente humana, algo que se daria através da HAARP, uma instalação de pesquisas do governo americano situada no Alaska. Mesmo duvidosos da “fantasiosa” teoria, os detetives ponderam sobre o assunto e decidem não descartar nenhuma hipótese.Durante a dura rotina de trabalho, os dois vão percebendo que as informações cedidas pelo jornalista não são tão fantasiosas quanto imaginavam. 

   Ao longo das páginas, pude identificar que, em determinados trechos, houve uma repetição de palavras e uma intensa preocupação em identificar os personagens responsáveis pelos diálogos, mesmo quando a dedução era óbvia. Todavia, seja pelo tema abordado (o poder da manipulação da mídia), seja devido a curiosidade proporcionada pela escrita de Pellanda, me vi envolvido pela obra e – durante a leitura – fiquei numa expectativa muito grande para conhecer o desfecho. Confesso que esperava por um final mais impactante, mas, ao que me parece, Mentes Roubadas possivelmente teria uma continuação.

O Autor

    Nascido em Porto Alegre, Roberto Campos Pellanda é um apaixonado por livros que segue a linha de ficção fantástica. Além de “MentesRoubadas”, também escreveu o primeiro livro de uma série de fantasia “Noite sem Fim - OAlém-mar - livro umeInsight”, tendo esta última obra os mesmos detetives protagonistas de Mentes Roubadas. 



 Autor: Roberto Campos Pellanda
ISBN: 978-85-60434-57-2
Título: Mentes Roubadas
Ano: 2009
Nº de Páginas: 207

2 comentários:

  1. Oie...
    Tudo bom?
    Parabéns pela resenha... Ficou muito boa... ^^

    Adorei seu blog... Já estou seguindo...
    Depois dá uma passadinha no meu para conhecer e se puder segui-lo ficarei muito grata... Relíquias da Lylu =D
    http://reliquiasdalylu.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Olá, Luciana!
      Obrigado pela visita e pode deixar que irei dar uma passada lá no seu blog!
      Abraços.

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